terça-feira, 20 de novembro de 2012

Pokémon Special - 001


Capitulo 001
The Chase Began

– Ele fugiu! Ele fugiu! – gritava um homem correndo pelos corredores de um prédio longe da civilização.

Ao chegar no fim do corredor o homem abre uma porta que lá havia e volta a gritar:

– Ele fugiu!

Na sala havia uma mesa de madeira negra rodeadas por oito cadeiras de mesmo material. Apenas uma única cadeira estava vazia. Na parede contraria a porta, havia uma tela de tamanho grande que cobria toda a parede e mostrava um mapa-mundi.

– Já sabemos, Uno. – respondeu um homem que estava próximo a cadeira vazia.

– Então o que estamos esperando! Temos que trazê-lo de volta! Refazer os...

– Calma, Uno... – falou o homem que estava sentado na cabeceira da mesa, logo na frente do telão – Que tal capturarmos ele? Ele pode realizar o que queremos, certo?

– Todos nós já concordamos, Uno. – continuou um homem que estava a direita do que sentava na cabeceira – O que acha?

– Eu sei o que você quer... Concordo em te ajudar, mas prometa... Prometa! Que se capturarmos aquele pokémon, vou poder realizar meu desejo também.

– Mas é claro. Por que não? Fechamos o acordo, certo? Agora separem-se. Mandem os recrutas procurarem por todas as cidades e rotas de todos os continentes. Temos que capturar aquele pokémon antes que se mostre para a civilização.

Os oito homens se levantam e saem da sala se dirigindo a outros locais do prédio


Longe dali, numa caverna no Mt. Silver.

– Fire Fang! – ordenou um garoto de aparentemente 18 anos que trajava uma jaqueta vermelha por cima de uma camisa preta, um jeans gasto e tênis preto. Seu cabelo era negro, mas era coberto por um boné de cor rubra, assim como seus olhos.

Uma criatura ancestral estava em sua frente. Se assemelhava a um lagarto alado cuja pele parecia ser resistente como rochas. Era um Aerodactyl que encheu suas presas com chamas e atacou um Sneasel que já estava tonto.

– E assim vencemos mais um! Muito bem Aero! – elogiou o garoto.

Um som se espalhou pela caverna. Era o toque de um Pokégear. O garoto simplesmente tirou o aparelho do bolso e atendeu a ligação.

– Red, é você? – indagou a voz do outro lado da linha.

– Sim, sou eu. O que precisa Professor Oak?

– Venha para meu laboratório em Pallet. É urgente!

– Já estou indo.

Red encerra a ligação e olha para seu pokémon.

– Você ouviu, Aero. Vamos voar até Pallet!

Montado no Aerodactyl, o garoto sai da caverna e voa até uma pequena cidade do interior de Kanto.


Na cidade grande, centro econômico e populacional da região de Kanto, Saffron City, entre as centenas de festas que estavam acontecendo naquela noite, havia uma em especial.

A musica estava alta e todos estavam dançando seguindo a batida. As luzes piscavam e giravam. O pessoal estava se divertindo.

Em um dos bancos do balcão do bar estava um jovem de roupa peculiar. Trajava uma camisa azulada de mangas compridas de tonalidade escura e uma calça da mesma cor que era sobreposta de um cinto negro, como os sapatos. Em seu pescoço estava um cachecol que balançava suavemente de acordo com seus movimentos, e sobre todas as suas roupas, vestia um sobretudo azul claro com desenhos ondulados alvos. Os cabelos azuis, assim como os olhos, chamavam a atenção de todos que passavam provocando comentários maldosos e risadinhas sobre o visual do garoto, mas ele não ligava e continuava a beber seu drink.

– Olá Glacier, meu chapa! – cumprimentou um outro garoto que se sentou num banco ao lado ao do garoto de cabelos azuis.

– Oi.

– Que bom que veio para minha festa aqui em Kanto cara! Tá curtindo?

– Claro. Uma viajem de Sinnoh até Kanto, paga pelos seus pais, e uma festa desse tamanho onde tudo sai de graça pra mim, não pode ficar melhor.

– Você sempre com esse senso de humor em cara!

– Eu estou falando serio. Você que já está ficando alcoolizado.

– E lá vem você com essas piadas! Vem cá amigo! Me dá um abraço e vamos pegar umas mina!

O garoto se levanta e abre os braços para abraçar Glacier. O bafo do garoto já estava cheirando a álcool o que desagradou o amigo.

– Já está com mau-hálito. Assim nenhuma dessas suas “minas” vão querer ficar com você.

– Hahaha! Glacier, como você tá engraçado hoje!

A musica abaixa. Gritos ecoam no ar. A multidão se movimenta. Glacier olhou para trás e percebeu que onde antes estava cheio de pessoas dançando, agora estava um outro garoto segurando o pulso de uma garota a força e ao seu lado um Mankey pulava freneticamente socando o ar.

Glacier observou ao redor e percebeu que algumas marcas de soco estavam espalhadas pelo chão e que algumas pessoas que se afastaram do local massageavam o braço ou a perna como se tivessem sido socadas.

– Fica aqui sentado, amigo. – Glacier sentou seu amigo em um dos bancos onde estava e se dirigiu para o espaço vazio onde agora só estavam aquelas duas pessoas e o pokémon.

– Me solta! Eu vou te denunciar! Me solta! – berrava a garota tentando se soltar do garoto.

– Fala assim não gata. Quando você vier comigo você vai ficar toda feliz.

– Ela pediu para soltar. – informou Glacier.

– Quem é você metido a esquisitão? Que roupa maluca é essa?

– É apenas meu traje social. Agora liberte a moça, por favor.

– Tá com ciúmes?

– Você está estragado a festa do meu amigo. Além disso, está machucando um dos convidados. Ele fez questão de pagar minha passagem até aqui, não vou deixar que pessoas de baixo nível atrapalhem a diversão do pessoal.

– Resolva com meu Mankey. Karate Chop!

O pequeno pokémon macaco parte para atacar Glacier. Do bolso do sobretudo, o garoto chamado de esquisito retira uma esfera bicolor feita metade por um metal alvo, e metade por um vidro rubro por onde era possível ver uma silhueta dentro da esfera.

– Formação de combate, Wind Punch. Detenha o ataque dele. – disse Glacier jogando a esfera no chão libertando um pequeno pokémon que se assemelhava a um pequeno pinheiro com longos braços brancos e mãos verdes. Um Snover.

Ao sair da Pokéball o Snover invocou uma rajada de vento frio que circulava ao redor dos braços do pequeno. Quando o Mankey se aproximou, tentou socar o Snover, mas este apenas colocou seus braços na frente formando um bloqueio em forma de X. Mankey tentou, mas seu soco foi parado pela camada grossa de vento frio girando em torno dos punhos do pokémon de gelo.

– Que que isso?! Tá fazendo macumba no seu pokémon é?!

– Não. É apenas um Icy Wind que gira em volta dos Punhos dele para potencializar os socos e diminuir o impacto dos danos que ele receber nos braços. Isso se chama usar a inteligência e montar uma estratégia. Por que não tenta de vez em quando?

– Tá me chamando de burro?! Tu acabou de assinar sua sentença de morte “rapá”! Seismic Toss!

– Estratégia de desvio, Wind Elevator.

O Mankey se aproxima novamente do Snover, porém o pokémon pinheiro apenas apontou seus braços para o chão, próximo onde o Mankey iria pisar um segundo despois, e disparou uma rajada Icy Wind. Quando o Mankey chegou ao ponto exato do Icy Wind, Snover controlou o vento mandando-o para cima levantando Mankey do chão fazendo que ele chocasse a cabeça contra o teto e caísse desmaiado.

– Que que isso?! O que você fez com meu Mankey?!

– Com o treinamento adequado, o Icy Wind pode alcançar velocidade suficiente para levantar um pokémon. Minha intenção era só fazer o Mankey ser desviado do próprio caminho e perder o equilíbrio, mas parece que ele é muito fraco e não aguentou o impacto. Agora largue a moça.

O Snover apontou seus braços para o garoto e de seus punhos pequenas folhas salientes começaram a surgir, mostrando que um Razor Leaf estava se aproximando. O garoto imediatamente soltou o punho da mulher e correu.

– Você é o melhor, Snowy. – elogiou Glacier.


A viajem foi rápida e o pokémon pré-historico pousou em frente ao laboratório do professor. Era um prédio modesto coberto por fora com azulejos amarelos. Na frente havia uma porta verde com uma janela de cada lado.

– Professor, cheguei! – falou Red abrindo a porta do laboratório – Uau! Todos estão aqui!

Red olhou a sala principal do laboratório e viu que o professor estava em frente a um quadro com algumas anotações e estatísticas. Do outro lado da sala haviam alguns sofás que estavam sendo usados por algumas pessoas: Todos os outros Pokédex Holders que existiam. Green, Blue, Yellow, Gold, Silver, Crystal, Ruby, Sapphire, Emerald, Diamond, Pearl, Platinum, Black, Cheren e Bianca.

– Que bom que chegou Red. Estamos em situação de emergência.

– O que aconteceu?

– Um pokémon estranho apareceu. Ele ainda não foi reconhecido, mas uma gravação secreta mostra ele causando caos na área marítima de Johto. De acordo com a Associação pokémon ele está seguindo para a Pallet ou Viridian. Vocês são os treinadores mais poderosos e habilidosos que conheço. A população mundial precisa da ajuda de vocês para deter este pokémon.

– Mas que tipo de pokémon estamos falando? – indagou Green.

– Não sabemos. Na gravação que consegui só é possível ver a silhueta de seu corpo.

– Então vamos sair e procurar agora! – falou Gold.

A porta do laboratório se abriu. Um Porygon estava parado observando todos.

– O que é esse Porygon ai? – perguntou Bianca.

Então os olhos do Porygon brilharam. As pokédex começaram a emitir chiados e apenas chuviscos apareciam nas telas. Todos olharam para o Porygon sem entender e então a seguinte frase surge em todas as pokédex:

Transferência de dados concluída

– O que isso quer dizer?! – preocupou-se Pearl que já estava dando tapas na bochecha de Diamond.

O Porygon foi envolto numa luz alva e então seu corpo começou a mudar. Começou tomando forma de um corpo quadrupede e então começou a criar uma calda e um pescoço. Sobre o pescoço a forma de uma cabeça alongada surgiu. Em certas partes do corpo começou a ser criado fomas que se assemelhavam a rochas, e então a luz sumiu. O que antes era um Porygon, se tornou um Dialga com aproximadamente 2 metros de altura.

– Dialga...? – sussurrou Diamond preocupado e com o rosto inchado pelos tapas de Pearl.

O diamante no peito do Dialga começou a brilhar e uma camada de luz azul começou a se formar ao redor do laboratório.

– O que está acontecendo?! – perguntou Sapphire.

– Talvez esteja alterando o tempo aqui dentro. – supôs o professor.

A camada se fechou. Por fora parecia que o laboratório estava no interior de um enorme diamante azul.

Como se não bastasse, o Dialga voltou a brilhar.

Ele levantou as patas dianteiras e elas tomaram a forma de dois braços. A cabeça diminuiu até se tornar apenas o fim do pescoço. Os cristais que estavam em seu corpo se reagruparam em outros lugares e em formas diferentes. Quando o brilho desapareceu, uma nova criatura lendária havia surgido.

Palkia.

As perolas em seus ombros começaram a brilhar e então uma camada luminosa rosa começou a surgir em torno do diamante azul.

– Esperem garotos... – começou o professor – Essas camadas que eles estão criando servem para transportes entre dimensões ou entre o tempo. Talvez, eles queiram prender a gente no tempo e espaço.

– Eles não são os lendários verdadeiros, são? – perguntou Platinum – Eles são o pokémon que surgiu no oceano de Johto! Ele sabe que podemos pará-lo e quer nos deixar presos! Temos que sair daqui antes que a camada do Palkia termine!

Os Pokédex holders começaram a correr. Alguns saíram pela porta e outros saíram pelas janelas, mas antes de cruzaram a barreira azul, a película rosada se formou por completo e eles permaneceram parados. Presos no tempo e no espaço. Não podiam mais ajudar o mundo. Os treinadores mais fortes do mundo, foram derrotados.

O Palkia rugiu acordando toda a população de Pallet que ao ver aquelas duas camadas luminosas que pareciam uma perola e um diamante, se amedrontaram e começaram a fazer as malas para saírem logo dali. O pokémon então foi coberto pela luz novamente se transformando num Giratina, que saiu dali por um portal para o mundo dos mortos.

Se até os pokédex holders foram derrotados, quem será a nova esperança do mundo?


– Lutar contra aquele cara me cansou. Aqui em Kanto faz muito calor...

Glacier havia saído da festa e estava andando pela rua. Olhando em direção às florestas do Oeste ele percebe um brilho rosa-azulado na forma de um diamante e uma pérola.

– Mas que diabos...

– Glacier! – gritou o amigo bêbado de Glacier vindo atrás dele – Glacier! Olha o que eu achei! Whisky!

– Para de beber! Não percebe que algo serio está acontecendo?

– Tem razão! Estou percebendo... “As gata” tá tudo lá esperando o papaizão aqui! Agora que você salvou a minha festa daquele penetra, “nóis” pode curti de boa!

– Não estou falando disso!

– O que?! Tem coisa mais importante que as mina?! Ah sim! O meu Whisky!

– Já percebi que você não vai ajudar... Vou para aquele lugar de onde a luz vem agora!

– Não Glacier! Não vá para a luz!

– Idiota! Eu tô falando daquela luz que vem do oeste!

O amigo de Glacier olha atentamente para a origem do brilho e fica pasmo.

– Ai meu Deus! Eu tô bêbado! Tô vendo a floresta brilhar!

– Você está realmente bêbado... Fica ai que eu vou investigar.

– Mas você não tem nenhum pokémon que possa voar pelos céus que nem o piu-piu! Precisa ter o Surf! Ou é o Fly...?

– Não é necessário Fly quando se tem este aqui.

Glacier tira novamente uma pokéball do bolso do sobretudo e a joga contra o chão libertando uma espécie de Topeira de garras metálicas: Excadrill.

– Doridory, por favor, faça um túnel subterrâneo que possa me levar até a origem daquela luz.

O Excadril se contrai e fica num formato de uma broca, então começa a girar contra o chão formando um buraco que logo em seguida se tornaria um túnel. Glacier se despediu do amigo e se jogou no túnel em rumo ao mistério.

    Nenhum comentário:

    Postar um comentário