terça-feira, 20 de novembro de 2012

Pokémon Special - 002




Capítulo 002
Eu sou Glacier Frozzen! Que a investigação comece!

Glacier atravessou o túnel e saiu do subsolo no território da cidade de Pallet. Ao sair do buraco, logo atrás de seu Excadrill, Glacier percebe que um dos prédios está coberto por camadas luminosas e que a área desse lado da cidade estava isolada por faixas e alguns policiais acalmavam a multidão curiosa que veio de Viridian só para ver a explosão.

Uma voz feminina por dentro da multidão gritou:

– Se aquele cara está lá dentro eu também posso!

A garota se abaixou, passou pela faixa de isolamento e se esgueirou entre as pernas dos policiais. Quando eles se deram conta, mandaram dois novatos irem atrás dela.

– Esse brilho é tão bonito! Quero ver o que tem lá dentro que faz isso!

A garota estava quase cruzando a parede luminosa de cor rosada quando Glacier colocou o braço na frente da barriga dela fazendo que ela retrocedesse caindo sentada no chão.

– Ai! Por que você fez isso?!

– Não vê que as pessoas que estão lá dentro estão paralisadas?

A moça olhou para dentro das camadas de luz e percebeu que havia algumas pessoas com faces assustadas e todas pareciam estar fugindo de algo. Os policiais chegaram e o Excadrill ficou em posição de luta.

– Vocês dois! A área está isolada, não percebem?

– Desculpe senhor. – pediu Glacier – É que eu cheguei pelo sub-solo e não deu tempo de perceber.

– Pois devia ter percebido. – reclamou o outro policial fazendo o Doridory rosnar – É bom retornar esse pokémon antes que você seja preso por agredir uma autoridade.

Glacier pegou a pokéball do seu pokémon e o retornou.

– Pronto. Você poderia me dar permissão para investigar?

O policial olhou com desdém para Glacier.

– Apenas a policia e a Trindade podem entrar no local.

– Que bom. – Glacier enfiou a mão em outro bolso e tirou um pequeno cartão onde havia um símbolo formado por um triangulo dentro de outro ao lado do nome completo de Glacier e mais algumas informações. No rodapé do cartão tinha a frase “Autorizado por Vikram Rowan” – Glacier Frozzen. Assistente de pesquisas do Professor Rowan.

Os dois policiais e a garota se assustaram. A Trindade era o trio formado pelos três maiores pesquisadores da atualidade: Samuel Oak, Thomas Elm e Vikram Rowan. Cada um desses pesquisadores tinha um assistente de pesquisas que era o aprendiz mais próximo, e que estavam no nível de outros dois famosos pesquisadores: Nico Birch e Aurea Juniper. Os três assistentes de pesquisas faziam parte de um grupo chamado Sub-trindade, que atuava na ausência dos membros da Trindade.

– Desculpe senhor... – respondeu um dos policiais sem guardas – Levaremos esta garota para uma área segura.

– Eu sou ajudante dele! Eu tenho que ficar! – berrou a garota.

Glacier não havia entendido, mas aquela jovem parecia interessada no que estava acontecendo por ali, por isso ele resolveu continuar com a mentira.

– O que ela diz é verdade. Deixem que ela fique, por favor.

Os policiais fizeram que sim com a cabeça e voltaram para controlar a multidão.

– Então... por que você veio pra cá? – indagou a jovem.

Glacier ainda não havia percebido, mas a garota tinha um rosto belo e a sua íris era avermelhada. Ela trajava um top rosado com mangas e uma saia de mesma cor. Em seu pescoço havia uma gargantilha e ela calçava botas que iam até os joelhos e luvas combinando.

– Vê essas formas? Uma esfera rosado por fora e uma forma de diamante lapidado azulado por dentro. As pessoas dentro dessas duas formas estão paradas e não estão percebendo nada ao redor. Só conheço duas coisas capaz disso.

– O que seriam?

– Dialga e Palkia. Duas lendas no meu continente. Se eles estão em atividade em nossa dimensão e tempo significa que algo ruim está para acontecer. Enquanto meu mestre não é informado, é meu dever investigar.

– Que incrível! Você deve ser muito inteligente, e tem quase a mesma idade que eu! Então, qual é a primeira pista?

– O problema é esse... Não tem pista. Nenhum desses pokémons fugiu voando daqui. Eu vi quando a camada se formou... Se o problema está em nossa dimensão, no nosso tempo, não tem sentido eles fugirem indo para outro tempo ou dimensão.

– Mas ele foi para outra dimensão. – disse uma voz grossa ao fundo. Um jovem gordo e moreno de cabelos amarelos estava sentado sobre um Tentacruel na margem da baia ao sul de Pallet, próximo ao laboratório. Não era esperado que ninguém viesse pelo mar, por isso a arena do laboratório não foi cercada pelo sul – Sou Leafer Troonctree, muito prazer.

– Seu nome não importa. Como você pode saber que eles foram para outra dimensão?

– Eu vi algo parecido com um portal escuro e um bicho cinza gigante estava entrando nele.

– Isso... Isso não é bom... Aquela dimensão liga todas as outras... Eles podem muito bem ter ido pra lá. Mas a briga pela invasão de território vai causar uma guerra... O mundo vai estar perdido...

– Ain! Eu não estou entendendo nada que você está falando! – reclamou a garota que se sentia mal por não compreender a conversa.

– A criatura que ele viu foi Giratina. Dialga é o rei do tempo e Palkia é o rei das dimensões. Giratina reina na dimensão dos mortos. Se Palkia e Dialga entrarem no território de Giratina, começará uma guerra. Se os poderes deles três forem usados contra os outros, causará uma distorção em nossa realidade. Desculpe. Em todas as realidades existentes. Vocês dois voltem para suas casas! Isso vai ficar perigoso. Tenho que voltar para Sinnoh agora mesmo!

– Ah cara! – falou Leafer levantando sobre seu Tentacruel e pulando para terra firme – Eu te dei uma informação e acha que eu vou ficar de fora! Eu vou é meter porrada nesses três! Você pensa e eu ajo! A dupla perfeita!

– Se quiser vir, venha. Porém não diga que não foi avisado, que poderá perder sua vida.

– Cara! Não me ouviu?! O papai aqui vai encher essas lendas de porrada!

– Ai meu Arceus... – sussurrou Glacier desaprovando a atitude – Tudo bem... Mas não será fácil...

– É só ir pra dimensão que eles estão, não é mesmo? – opnou a garota.

– E você sabe como fazer isso? – retrucou Glacier.

– Não... Desculpa...

– Tudo bem. Volte para casa. Leafer, venha comigo. Vamos até Vermilion pegar um barco.

– Ei! – exclamou a garota – É lá que eu estou hospedada! Posso ir com vocês até lá?!

– Claro! – precipitou-se Leafer – Com uma mulher na equipe será mais divertido! Como é seu nome mesmo, gracinha?

– Vulcania... – respondeu receosa, aproximando-se de Glacier.

– Tudo bem. Hora de partir.

Glacier pegou uma pokéball no bolso e a atirou no chão revelando o Excadrill chamado Doridory.

– Doridory, precisamos ir para o leste, mas cuidado para não sair pelo oceano.

A toupeira se contraiu assumindo a forma de uma broca e começou a perfurar o chão criando um túnel que partia para a primera parada de uma caçada misteriosa. Enquanto Samuel Oak, líder da trindade está aprisionado no tempo-espaço, a única esperança do mundo se baseia em dois Jovens em busca de mistérios.

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